Viagem de Trem Noturno: tudo o que você precisa saber

Viajar de trem noturno é uma ideia que divide opiniões. Por exemplo, o Ricardo Freire, do Viaje na Viagem, diz para você pensar duas vezes antes de usar esse tipo de transporte, visto que você vai chegar cansado, sem dormir direito e muito cedo no seu destino. Já o pessoal dos guias Lonely Planet considera esse um tipo de viagem interessante, tanto que volta e meia a colocam como experiência imperdível em certos roteiros e países.

Sendo eu uma viajante que já experimentou trens noturnos nos mais diversos lugares, climas e cabines, acredito que tenho uma opinião diferente das duas acima e um pouco a acrescentar no debate caso você esteja considerando viagens ao longo da noite por transporte ferroviário.

Leia tudo sobre viagem de trem:

Como viajar de trem pela Europa

Como viajar de trem pela Índia

Como viajar de trem em Portugal

Como viajar de trem pela Tailândia

Eurostar: o trem entre Londres e Paris

No meu ponto de vista, o trem noturno não é necessariamente ruim. Pelo contrário, já tive excelentes jornadas com essa modalidade de transporte. Mas nem sempre é bom. Por isso, vou tentar compilar aqui os principais mitos e informações concretas possíveis a respeito.

Economia na hospedagem, vale?

Muita gente decide encarar um trem noturno por pensar na economia: não só você acabará escolhendo a modalidade mais barata de transporte (às vezes!), como também irá dispensar a conta do hotel por aquela noite que estiver viajando.

Visitar a Grécia

Só que o raciocínio não é bem assim. A verdade é que para que a passagem do seu trem noturno não seja tão cara, pelo menos na Europa, você terá que viajar na cadeira ou poltrona, junto com várias pessoas, sem nenhum conforto e às vezes até sem um lugar marcado como seu. E aí, amigos, fica o peso da economia de dinheiro X economia de tempo. Uma noite inteira sem dormir certamente vai te custar o dia seguinte exausto.

Sério, eu bem me lembro dos momentos tristes de luz na cara, barulho de conversa e frio intenso em pleno verão. As áreas de cadeira, da Malásia a Portugal, não são apropriadas para a noite e o sono.

Mas calma, não precisa se desesperar com a fortuna que é uma passagem de avião! Existe um meio-termo:

Uma boa noite de sono?

O trem noturno pode ser sua escolha por conta da economia apontada acima ou então porque é a sua única opção para ir de A até B. E essas longas horas de viagem não precisam ser um suplício, desde que você invista uma graninha extra numa cabine com cama. Na Índia e na Tailândia, por exemplo, essa era nossa escolha sempre e valia muito a pena.

Trem de Portugal para Espanha Cabine Cama

Aqui na Europa, eu já fui de cabine e já fui na cadeira. E garanto: vale cada euro investido na cama. Mas, eu entendo o coração dos pobres mão de vaca. Minha sugestão para vocês é: pense se dá para economizar em outra coisa. Se não der, a vida é assim e um Red Bull no dia seguinte talvez te ajude a sobreviver até a hora do check in no hostel ou no hotel.

Ah, só tem uma situação que eu considero realmente válida (para além do dinheiro) comprar o bilhete da cadeira. É quando você tiver que descer do trem noturno no meio da madrugada. Aconteceu comigo de Madrid a Coimbra. O trem parava na minha cidade às 4h20 da manhã, por pouquíssimos minutos, antes de seguir para Lisboa. Se eu tivesse numa cabine com cama, provavelmente perderia a parada ou gastaria todo o tempo acordada, ansiosa para não perdê-la.

Onde fica a minha bagagem

Trem não é igual avião, que você despacha sua mala e só se lembra dela na esteira, horas depois. A sua mala vai estar com você o tempo inteiro. O problema é que na maioria dos trens não há espaço para malas grandes ficarem perto de você.

São duas opções: nas áreas de cadeiras há um espaço de bagageiro que fica nas entradas do vagão. Há também um bagageiro minúsculo acima das cabeças dos passageiros e pouco espaço debaixo da cadeira. Então, não, não tem jeito de manter sua mala por perto se ela for grande.

Trem em Portugal

Já para quem compra cabine, em geral o lugar para colocar a mala é abaixo da cama, mas se você estiver nas camas superiores também vai ficar longe da bagagem. Sem contar que malas grandes nem sempre cabem embaixo da caminha. A não ser que você coloque a mala para dormir com você no espaço pequeno.

Na Índia, nós costumávamos amarrar as malas dos três umas nas outras, de forma que seria difícil de alguém roubar sem fazer barulho. Tem quem tenha corrente e cadeado para amarrar a mala ao pé da cama também. Fica a critério da sua ansiedade.

Mudança de trem

Eu acho que já contamos essa história aqui no blog, mas vou contar novamente, por motivos de que vocês não cometam a mesma burrice. Em 2013, estávamos comprando a passagem entre Munique e Amsterdam. Iríamos direto da Oktoberfest, num trem noturno. E achamos que era uma excelente ideia economizar 20 euros cada num trem que precisaríamos fazer duas trocas durante a noite, uma de cerca de 1 hora e outra de 30 minutos. Nem preciso dizer que tudo isso foi uma catástrofe. Não fosse um jovem muito gentil nos acordar, estaríamos até hoje perdidos em alguma cidadezinha da Alemanha.

Economia porca é um negócio feio e idiota e recomendo que vocês não façam isso. Ou seja, se for possível, e normalmente costuma ser, não compre nenhum trem que você tenha que trocar no meio da madrugada. É um estresse tremendo ter que acordar na hora certa, correr para pegar a mala, descer numa estação no meio da noite fria e escura e ainda ter que encontrar outra plataforma para pegar outro trem. #Furada.

Prepare-se para uma boa viagem

Se você está seguindo meu raciocínio até agora, eu considero o trem noturno uma boa ideia desde que você invista um pouquinho mais do seu rico dinheirinho num lugar adequado para dormir. Sempre, nas cabines, mesmo de segunda classe, o bilhete inclui uma roupa de cama, travesseiro e cobertor limpos. Mas, mesmo nessas situações, é bom se preparar para uma boa viagem. Alguns itens são indispensáveis:

Trem indiano

– Roupas confortáveis, já que você vai passar a noite inteira usando essa roupa. O ideal é que sejam de um material tipo algodão, de forma que não vão te fazer transpirar demais ou sentir frio.

– Sempre leve um casaco, mesmo no verão. Eu já quase congelei em trens na Malásia e na Índia porque o ar-condicionado estava ligado no modo Ártico. Mas também não vá completamente agasalhado. Já sofri uma noite inteira de muito calor, na viagem entre Romênia e Hungria, porque o ar-condicionado estava desligado em pleno julho.

– Esteja preparado para atrasos: leve todos os seus eletrônicos carregados (alguns trens tem plug para carregar, mas nem todos), um livro, caderno e caneta, baralho, enfim, coisas para te distrair. Mais de uma vez eu fiquei presa dentro do trem por horas além do previsto.

– Se você tiver muita dificuldade para dormir, invista num tapa-olho e tampão de ouvidos. Principalmente na área das cadeiras, onde várias vezes eles mantém a luz acesa a noite inteira. Também invista num remédio para enjoo, se você normalmente passa mal com movimento.

– Leve água e um lanchinho. Nem sempre tem carrinhos de comida ou dá tempo de descer na parada. Ninguém merece passar horas com fome e sede.

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Dondeando por aí – Blog de viagens

5 pratos típicos do Pantanal pra você provar quando for pra lá

Viajar à região da Capital do Pantanal, Corumbá, no Mato Grosso do Sul, inclui uma das melhores coisas de qualquer viagem: a gastronomia. A culinária pantaneira é bem variada e tem como marca sua simplicidade, herança dos costumes dos peões que cruzam até hoje os pastos alagados em comitiva.

Os pratos típicos do Pantanal incluem carnes, peixes, massas e sofrem até mesmo influência da cultura paraguaia. Neste post, listamos alguns dos principais pra você provar assim que for pra lá.

 

5 PRATOS TÍPICOS DO PANTANAL

 

ARROZ CARRETEIRO

Pratos típicos do Pantanal - Arroz Carreteiro (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Talvez esse seja o carro-chefe da cozinha pantaneira. Diferente do prato gaúcho, aqui ele leva carne soleada (intermediária da carne de sol e do charque). A importância na culinária regional surgiu justamente com os peões pela facilidade em ser feito. E há que coma esse prato logo pela manhã, pra ter energia de encarar o trabalho no campo. É delicioso. Provamos durante nossa visita à Fazenda São João, na Estrada Parque Pantanal.

 

CALDO DE PIRANHA

Pratos típicos do Pantanal - Caldo de Piranha (Foto: Esse Mundo É Nosso)

É outro campeão na preferência do pantaneiro e é muito fácil de ser encontrado em bares e restaurantes. Abre o apetite como ninguém.

 

MACARRÃO DE COMITIVA

Pratos típicos do Pantanal - Macarrão de Comitiva (Foto: Instagram @alecrim_sabores)[Instagram: @alecrim_sabores]

Também conhecido como Macarrão de Boiadeiro ou Pantaneiro, esse prato é feito com carne de sol. A novidade fica pelo fato de primeiro a massa ser frita ainda crua e só depois cozida.

 

CHIPA

Pratos típicos do Pantanal - Chipa (Foto: Instagram @natifascetta)[Instagram: @natifascetta]

Ao lado do arroz carreteiro, a chipa virou a nossa queridinha dentre os pratos típicos do Pantanal. Ela é um biscoito de origem paraguaia que é bem semelhante ao pão de queijo, mas com consistência e sabor próprio. Comemos todos os dias em que estivemos no Parque Hotel Passo do Lontra.

 

COSTELINHA DE PACU

Pratos típicos do Pantanal - Costelinha de Pacu (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Dentre os diversos tipos de peixes presentes na culinária pantaneira, o pacu chamou a atenção pela forma como é preparado. A costelinha empanada do peixe é um excelente tira-gosto, crocante e muito saboroso. Em Corumbá indicamos o prato servido na Marina do Gelson, que tem uma vista linda pro Rio Paraguai.

 

Esses são apenas alguns dos pratos que compõem a simples, mas rica culinária do Pantanal. Em Corumbá você consegue encontrar releituras mais sofisticadas em bistrôs e restaurantes.

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* Os jornalistas viajaram a convite da Fundação de Turismo do Pantanal de Corumbá. Todas as opiniões dadas aqui são independentes e isentas.

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