Texto e fotos: Ivan Kohigashi
Todas as vezes que eu pensava em montar o roteiro de Paris, sempre desistia no meio, pois sempre que eu pedia algum conselho de amigos que haviam visitado a Cidade da Luz, me falavam que eu precisava conhecer todos os museus. Eu nunca fui de gostar de museus – mas respeito quem curte! – e eu sempre acabava deixando Paris para quando eu talvez estivesse na empolgação de desbravar museus.
O mundo de um viajante dá voltas (literalmente!) e acabei deixando a emoção (e uma promoção incrível de R$ 440,00 ida e volta, na época da Copa do Mundo 2014) me levando para a cidade do bonjour. O preço era ótimo, mas havia um porém: a viagem tinha, obrigatoriamente, duração de 1 mês. Esse motivo me fez ficar todo arrepiado! Teria que ficar 1 mês em uma cidade conhecida pelos museus. Esse baque me serviu para traçar o meu objetivo: curtir a cidade, a cultura, sem precisar visitar museus e pagar o mínimo possível por atrações turísticas!
Confiram 10 lugares que visitei, não paguei, e que me renderam as lembranças mais agradáveis da pequena parte da minha vida em Paris:
1. A melhor vista da Torre Eiffel
A Torre Eiffel foi aquela que me deu a certeza de que eu estava vivendo o clima parisiense! Como eu tinha bastante tempo, criei o objetivo de achar o melhor ângulo da torre.
Ela é majestosa e muito fotogênica, de qualquer ponto da cidade. A primeira vista foi a mais próxima, no Champ de Mars. Desci na estação de metrô Bir-Hakeim, e fui caminhando até a Torre Eiffel. Vê-la de perto, passar por baixo, foi realmente indescritível.
Outra vista famosa da Torre Eiffel, é à partir do Trocadéro (estação de metrô Trocadéro), e foi a vista que mais me prendeu a atenção, e aí sim, pude me sentir realmente em Paris! Peguei a tarde e fiquei acompanhando o cair do sol e o começo da noite, e foi uma das vistas mais bonitas que presenciei!
Endereços: Champ de Mars, 2 Allée Adrienne Lecouvreur, 75007 – Estação de metrô: Bir-Hakeim / Trocadéro, Place du Trocadéro et du 11 Novembre, 75016 – Estação de metrô: Trocadéro
2. Rio Sena
Foi visitando a Europa que parei para pensar no quanto eu gosto desses rios que cortam as cidades!
As pessoas se apropriam dos espaços públicos para apreciar e vista e curtir um momento calmo às margens do Rio Sena, seja para conversar, fazer um piquenique, ou até mesmo apenas para sentar e descansar.
Aos domingos, as margens do Rio Sena têm o tráfego bloqueado para que a população use as ruas para praticar esportes, caminhar e aproveitar o dia.
Ruas nas margens do Rio Sena são fechadas aos domingos para prática de esportes e lazer
Passei boas horas apreciando o movimento da cidade, conversei com alguns moradores que passavam por lá, e posso garantir que me apaixonei pelo rio.
O local mais movimentado fica na margem próxima à Catedral Notre Dame, na Pont Notre-Dame.
Endereço: Pont Notre-Dame, Quai de Gesvres – Estação de metrô: Cité
3. Jardin des Plantes
O Jardin des Plantes é o Jardim Botânico de Paris, e possui um vasto terreno cheio de espécies arbóreas e plantas, com um cuidado incrível e super fotogênico (como tudo na Europa, né?)
Há diversos ambientes diferentes: estufas, labirintos, galerias, bibliotecas, herbários, centro de pesquisas. Mas, a parte mais bonita – e gratuita! – do jardim botânico, é o Roseraie! Um rosário bem cuidado, e muito bonito, com espécies de rosas grandes!
Legenda: Rosário no Jardin des Plantes
Endereço: 57 Rue Cuvier, 75005 – Estação de metrô: Gare d’Austerlitz
O grande lance da Basílica de Sacré-Cœur é a vista de Paris.
É o ponto mais alto de Paris, e perdemos um bom tempo apreciando a paisagem. Como as construções não costumam ser muito altas, fica fácil identificar muitos monumentos de longe – menos a Torre Eiffel (qual a importância dela, afinal? rs)
Um filme muito óbvio que mostra bem a cidade de Paris, é “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, e esse “telescópio” é uma cena muito conhecida do filme. Me senti muito feliz de presenciar o cenário do filme!
Uma dica bacana, é não chegar na Basílica pelo caminho óbvio.
Todo mundo desce na estação de metrô Anvers e chega no pé da Basílica, tendo que subir toda aquela escadaria. Apesar de ser o caminho mais conhecido, é também um caminho bastante ruim por ser turístico demais: muitas pessoas ficam abordando turistas para colocar pulserinhas em troca de donativos, e colocam sem perguntar, e há relatos de agressividade.
Para evitar esse tipo de coisa que estraga o humor, desci na estação de metrô Lamarck – Caulaincourt e fui apreciando o caminho mais calmo, com menos subidas e muito mais charmosa!
Saindo da estação Lamarck – Caulaincourt, saia em direção à Avenue Junot > Rue Girardon > Place Dalida > Rue L’Abreuvoir > Rue des Saules > Rue Cortot > Rue Mont du Cenis > Rue du Chevalier de la Barre, e você chegou na parte de trás da Basílica, além de aproveitar um caminho bem mais tranquilo!
Endereço: 35 Rue du Chevalier de la Barre, 75018 – Estação de metrô: Lamarck – Caulaincourt
5. Le Mur des Je T’aime
Próximo à Basílica de Sacré-Cœur, no bairro de Montmartre, há o muro dos “Eu Te Amo” escrito mais de 1.000 vezes e em 300 idiomas diferentes.
Os pedaços vermelhos espalhados pelo muro são partes de um coração partido – um dos lugares mais românticos da cidade do amor!
Endereço: Place Jehan Rictus, 75018 – Estação de metrô: Abbesses
Ivan Kohigashi
Paulistano, biólogo e viajante mão de vaca assumido. Blogueiro no Ifan Turistando.