Mochilão pela América do Sul: Cusco e Machu Picchu

De volta à Arequipa depois de fazer o passeio do Cânion Del Colca, já pegamos nossas bagagens que estavam guardadas no escritório da agência de viagens e fomos direto para a rodoviária. Como havíamos aprovado o serviço da Arequipa Tours, resolvemos fechar também com eles o deslocamento até Cusco, o nosso próximo destino. Eles nos venderam a passagem da empresa Enlaces, que nos custou 90 soles a semi-cama e 120 o bus cama.

Também fechamos com eles o tour para Machu Picchu (2 dias e uma noite) que incluía o transfer de Cusco para Ollantaytambo, o trem de Ollantaytambo para Águas Calientes (Inca Rail, 50 dólares), o hostel em Águas Calientes, um almoço no primeiro dia, o ônibus de subida e descida a Machu Picchu (19 dólares), o ingresso de entrada (126 soles), o guia turístico e o retorno para Cusco (trem + transfer). Embora eu não lembre o preço total que pagamos (ok, eu sei que vocês vão me matar, mas realmente não achei minhas anotações sobre o valor pago), foi um ótimo negócio, pois nos poupou de muitas coisas, inclusive da preocupação de reservar a entrada a Machu Picchu, que é limitada.

De Arequipa a Cusco gastamos em torno de 12 horas de viagem. Embarcamos 20h30 e chegamos pela manhã. Na rodoviária pegamos um táxi para a região da Plaza de Armas, onde se localiza grande parte dos hostels. Depois de muito procurarmos, finalmente achamos um quarto disponível no Pirwa Backpackers Colonial (28 soles o valor da diária), localizado em frente a Plaza San Francisco e a duas quadras da Plaza de Armas. Muito bom e super recomendado.

1-Cusco_plazadearmas

Em Cusco, ficamos dois dias antes de ir para Águas Calientes. Cusco tem uma atmosfera única e badaladíssima. Foi bem diferente das outras cidades que passamos. Foi lá onde a gente encontrou pessoas do mundo inteiro e onde mais tinha festas nos hostels e nas boates. As mais animadinhas do nosso grupo foram todos os dias para a balada. E as outras preferiram dormir. Além da vida noturna agitada, há muito que se fazer durante o dia.

À tarde, no mesmo dia em que chegamos, fizemos o city tour de 1h30 (15 soles) que leva à algumas ruínas incas do entorno de Cusco, além de apresentar museus, igrejas e conventos que existem na cidade. Foi bem legal. O relato completo sobre esse tour já foi feito aqui nesse post!

1-Cusco e Machu Picchu

No dia seguinte, fizemos outro passeio maravilhoso… dessa vez ao Vale Sagrado dos Incas (20 soles o passeio + 20 soles o almoço). O tour durou o dia inteiro e visitamos várias ruínas e comunidades. Inexplicável a energia de cada um dos lugares que passamos e das histórias que aprendemos.

1-Vale Sagrado

No terceiro dia fomos bem cedo para Ollantaytambo. É de lá que partem os trens para Águas Calientes, a cidade base para Machu Picchu. Pegamos a van a duas quadras do nosso hostel, e junto com outros turistas fomos direto para lá. O trem da empresa Inca Rail saiu as 11h15 e a viagem durou pouco mais de 1h30. Na estação de trens, um funcionário do Hostel Las Rocas já estava nos aguardando. Como a cidade é bem pequena, tudo se faz a pé. Algumas quadras depois e já estávamos fazendo o check-in no hostel.

1-Trajeto de trem para Aguas alientes

Depois de deixarmos nossa bagagem fomos almoçar e conhecer a cidade, que é rodeada pelas montanhas e é bem pitoresca e diferente. Super pequena, mas com uma ótima estrutura voltada aos turistas. Recomendamos que fique pelo menos um dia lá, pois o bate e volta a Cusco é muito intenso e cansativo.

1-Aguas_calientes

No outro dia partimos para Machu Picchu nas primeiras horas da manhã. Nosso guia foi nos buscar no hostel e nos acompanhou em todo o percurso. Achei bem interessante a ideia de visitar as montanhas sagradas acompanhada de um guia porque a gente aprende muita coisa. Dessas que dificilmente se vê em livros ou em sites de viagem. Muito bom!

Machu Picchu

O que posso dizer sobre Machu Picchu? Confesso que tentei achar palavras para descrever minha sensação. Então lembrei dos preceitos de uma antiga filosofia oriental que aprendi lendo em um livro: “sem palavras, sem explanações, sem instruções, sem conhecimento. No momento em que se fala sobre uma coisa, perde-se o seu significado”.

  Machu Picchu

O sentido é que a verdade absoluta não pode ser retratada, pois ela está no seu inconsciente. Misticismos à parte, o que quero dizer é que nunca senti nada igual, nem sequer ao menos parecido.

Machu Picchu

A energia de Machu Picchu é realmente incrível. Por mais que eu possa dizer alguma coisa, e vocês leitores possam imaginar, não chegará nem perto do que significa aquele lugar. Portanto, o meu conselho é que todo mundo precisa ir um dia. Vá e sinta.

1-DSC03232

No próximo post falo sobre nossa experiência no Lago Titicaca. A viagem está acabando! rs

Informações adicionais

Esse post faz parte da série “Mochilão pela América do Sul: Bolívia, Chile e Peru“. Não deixe de conferir todos os outros posts publicados:

Mochilão de 25 dias pela América do Sul: Bolívia, Chile e Peru

A passagem por Sucre

A chegada em Uyuni

O primeiro dia no Salar de Uyuni

O segundo dia no Salar de Uyuni

O terceiro dia no Salar de Uyuni

San Pedro do Atacama

Arequipa

Across the Universe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *